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28/08/2014  Ministro da Fazenda, Guido Mantega bate na mesma tecla


Pela 13ª vez consecutiva, a pesquisa Focus, do Banco Central com instituições financeiras, apontou redução na estimativa de crescimento do PIB. As projeções desta semana recuaram de 0,79% para 0,70%. Enquanto aguardam o índice oficial do PIB do segundo trimestre, que será anunciado pelo IBGE na sexta-feira, os economistas dos principais bancos se antecipam e advertem que é grande a possibilidade de o país ter ingressado em ritmo de recessão técnica, com queda da produção por dois trimestres seguidos. Quem não se sente nada confortável com esta interpretação é o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Para ele, “é inadequado falar em estagnação, em recessão e, muito menos, em crise da economia brasileira”. Houve apenas uma pequena desaceleração, garante Mantega.

Há oito anos no cargo e ministro da Fazenda mais longevo do período republicano, Mantega é de um otimismo férreo. Foi graças a esta visão positiva que ele conseguiu inspirar confiança nos empresários e nos consumidores durante os momentos mais agudos da crise internacional de 2008, no rastro da quebradeira no mercado de hipotecas dos Estados Unidos. Como a receita funcionou naquele época, Mantega tem tentado repetir a dose e quebrar as atuais expectativas negativas. Não se cansa de dizer que a economia vai bem.

Na noite de segunda-feira, 25/08, em São Paulo, ele bateu na mesma tecla: “Que crise é essa com quase pleno emprego, com valorização da Bolsa há mais de seis meses e com estabilização cambial, entre outros atributos?”, questionou.

E voltou a afirmar que vê no horizonte indícios de recuperação no ar. “Após a desaceleração do segundo trimestre, já está sendo detectada neste segundo semestre a recuperação do nível de atividade. Nestas circunstâncias, podemos falar em crescimento moderado”, disse, diante de plateia de empresários.

Entende-se a insistência de Mantega. Ele é o comandante da economia e ficaria mal se endossasse as avaliações pessimistas – mais ainda num ano em que sua chefe, a presidente Dilma Rousseff , é candidata à reeleição. Ele faz o que se espera e nada contra maré. Mas, curiosamente, não consegue sequer convencer seus colegas de Ministério. No mesmo dia em que Mantega veio a público alardear pela enésima vez as virtudes da política econômica, o ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, afirmou, em almoço com empresários em São Paulo, que não se deve esperar retomada da economia este ano.

“ Temos ingredientes críticos. Estamos em um processo de recuperação bem lento. Acredito em melhor recuperação apenas em 2015”, explicou. Na opinião do titular do MDIC, o país só voltará a crescer quando e se ultrapassar “a fragilidade conjuntural e a fragilidade estrutural”. Ele citou como exemplo de ponto fraco a baixa produtividade da indústria, que tem origem nos gargalos de infraestrutura e de capital humano. “Não daremos conta de crescer na próxima década se não enfrentarmos esses problemas”, advertiu. 

Se um mesmo empresário paulista ouviu o discurso de Borges à tarde e o de Mantega à noite, deve ter dormido bastante confuso. Afinal, a economia vai dar sinais de recuperação ainda no segundo semestre ou não? Se serve de pista, Guido Mantega errou feio nas previsões que fez em 2012.

Fonte: Jornal Brasil Econômico

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