Praticamente a metade das empresas do País
, das 4,538 milhões cadastradas pelo IBGE como ativas, são microempresas e tem
um só funcionário, geralmente o proprietário. Os dados constam da pesquisa
sobre o empreendedorismo em 2011, que compara o desempenho desse ano com os
ocorridos em 2009 e 2010. Outras 10% delas tinham 10 ou mais pessoas ocupadas
assalariadas.
Mas o número de empresas com alto crescimento atingiu 34.528 em 2011, o que representa apenas 0,8% do total de empresas do país e 7,7% do total de empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas, embora o número seja 3,6% maior do que no ano anterior e 11,6% superior na comparação com 2009. São consideradas empresas de alto crescimento aquelas que aumentaram em 20% ao ano ou mais o número de empregados, por um período de três anos. Elas são divididas nas que cresceram por contratações, chamadas de empresas de alto crescimento orgânico, e as que cresceram por fusões ou aquisições, as empresas com crescimento externo.
Entre 2009 e 2011, essas empresas apresentaram um crescimento médio de pessoal ocupado da ordem de 171,8%, gerando 2,8 milhões de empregos, ou 48,5% das vagas criadas pelas empresas ativas no país.
O resultado, porém, é menor do que no triênio anterior, quando o pessoal ocupado cresceu 173,5%. A queda é explicada pelo IBGE pelo comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) no mesmo período, que subiu 4,6% entre 2007 e 2010 e 3,8% entre 2008 e 2011.
O número de empresas de alto crescimento orgânico subiu para 34.106 em 2011, contra 33.320 em 2010 e 30.935 em 2009, enquanto as de alto crescimento externo somaram 422 empresas em 2011, contra 457 em 2010 e 248 em 2009. A geração de emprego é um tipo de obsessão do governo ante a crise mundial.